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World of Stories

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"Taking Chances" - Capítulo 4

Na noite anterior, Brittany jantara com Gustav no pequeno restaurante do hotel. Depois do jantar e de alguma conversa, o mais velho indicou-lhe o quarto e de seguida dirigiu-se a casa onde morava com os pais. Depois de uma longa conversa com a mãe, em que Claire convenceu a filha a voltar logo no dia seguinte, Brittany adormeceu. E desde que soubera da existência do meio-irmão que não dormia tão bem como naquela noite.

Já de manhã, com a claridade dos raios de sol a entrar pelas frestas da persiana, ouviu umas suaves batidas na porta. Olhou para o relógio, que marcava as 9h da manhã, levantou-se, compôs-se minimamente e perguntou quem era. Do outro lado da porta uma voz familiar respondeu com um simples “serviço de quartos”. Abriu a porta e sorriu ao rapaz que agora se encontrava à sua frente.

- Bom dia, Jackson – disse, ainda com a voz meio ensonada – Não me lembro de ter pedido nada! – Brincou, enquanto olhava para o carrinho de comida entre os dois

- Achei que quisesses comer alguma coisa antes da visita guiada que te vou fazer – Jackson disse, pedindo licença para entrar com a refeição

- Pensava que não ias estar a trabalhar hoje – Brittany lembrou a conversa que tivera com o irmão

- E não estou. Mas como vim ter contigo decidi trazer o pequeno-almoço – ele informou

- Obrigada – a rapariga sorriu – Não precisavas de ter tido trabalho… Vou roubar-te a manhã e ainda tens este trabalho todo – lamentou

- Não te preocupes com isso – começou – Mas se me quiseres compensar, sempre podes convidar-me a desfrutar deste belo manjar! – Gargalhou e a rapariga fez o mesmo

- Parece-me justo – disse, sentando-se à mesa onde Jackson já tinha colocado as coisas – Mas apenas porque é muita comida para mim – disse com um sorriso

Enquanto tomavam o pequeno-almoço, Jackson foi dizendo à rapariga quais os sítios que poderiam visitar naquela manhã, dizendo-lhe que poderiam aproveitar aquele tempo que iam passar juntos para se conhecerem melhor. Depois de terminarem a refeição, Brittany foi tratar da sua higiene pessoal e vestir-se. Enquanto isso, o rapaz levou de volta à cozinha o carrinho do pequeno-almoço. Minutos depois estava novamente à porta do quarto de Brittany. Assim que ela saiu, dirigiram-se ao exterior do hotel para que Jackson fizesse a visita guiada até que Gustav regressasse das aulas.

Jackson mostrou a Brittany alguns dos melhores sítios da zona onde ele e a família da rapariga vivem, dizendo-lhe quais os seus lugares preferidos para passear, sair à noite, e contando-lhe algumas histórias que já viveu com Gustav em alguns daqueles sítios, como por exemplo quando tiveram que fugir de uma discoteca por causa de umas raparigas bêbedas que se atiraram a eles e cujos namorados não acharam grande piada, pondo a culpa nos dois amigos. Brittany riu, enquanto conhecia um pouco mais da vida do irmão. Depois da pequena, mas divertida, visita, sentaram-se numa esplanada, aproveitando o sol enquanto esperavam pelo outro rapaz.

- E quando é que voltas à cidade que nunca dorme? – Jackson perguntou, no meio de uma conversa sobre a vida de cada um

- Amanhã de madrugada – informou – A minha mãe faz questão que eu volte depressa

- Mas houve algum problema? – O rapaz perguntou, com alguma preocupação

- Não. A minha mãe tem medo que eu me deixe levar pelo meu pai ou que ele e o Gustav me ponham contra ela – informou, um pouco triste – Acho que no fundo ela e o Henry apenas têm medo que eu saia magoada – acrescentou

- O Henry é o teu padrasto? – Jackson perguntou, fazendo com que a rapariga risse ligeiramente

- Não, eu não tenho padrasto. A minha mãe ficou de tal maneira traumatizada que com o meu pai que nunca mais teve ninguém – Depois, com um brilho nos olhos, acrescentou – O Henry é o meu namorado!

- Ah! – Foi a única coisa que conseguiu dizer. Logo depois chegou Gustav, que sorriu aos dois. Deu um aperto de mão ao melhor amigo e um beijo na bochecha da irmã. Posto isto, pediram algo para comer e começaram uma conversa animada.

Depois de uma tarde passada na companhia do irmão, uma vez que Jackson tinha ido ter com a família, estava na hora de regressar ao hotel. Apesar de ter sido um pouco complicado, a rapariga não caiu na tentação de pedir para que Gustav lhe mostrasse a sua casa. Ainda não estava preparada para conhecer a vida do homem que a abandonou aos três anos e a quem ela não sabia se devia ou não chamar de pai. Apesar de ter alguma vontade de o ver, ainda era cedo. Para que Gustav não tivesse de se levantar a meio da noite para se despedirem, Brittany insistiu que o fizessem logo. Além disso, detestava despedidas e não queria passar a viagem a chorar.

- Não é a última vez que te vejo, pois não? – Gustav perguntou, sentindo-se triste por a visita ter sido tão curta

- É claro que não. Mas na próxima vez podes ir tu a Nova Iorque se quiseres! – Informou, com um sorriso – A minha mãe não gosta que eu cá venha, por isso…

- Claro, da próxima vez sou eu quem te visita – aceitou o convite com um sorriso nos lábios – Tens é de me dizer quando te dá jeito

- Talvez nas férias da Páscoa – sugeriu a rapariga – Assim nenhum de nós tem de faltar às aulas. Mas tu trabalhas… - lembrou-se

- Isso resolve-se, eu também tenho direito a férias e raramente as tiro - declarou

- Ótimo! Só não tenho é um hotel onde possas ficar, mas na altura resolvemos isso – sorriu novamente

Despediram-se com um abraço e depois Brittany entrou dentro do hotel, virando-se mais uma vez para trás para acenar a Gustav. Quando chegou ao quarto pegou no pijama e dirigiu-se à casa de banho. Despiu as suas roupas e depois entrou na banheira, pondo a água quente a correr. Enquanto ali estava pensou nos acontecimentos dos últimos tempos. Durante anos viveu com a ideia de como seria ter um pai, teve o sonho de o conhecer, apesar de sempre o ter escondido da mãe. Depois, quando começou a entender o que a mãe passara devido ao abandono que sofreu por parte de George afastou aquele sonho, até ao dia em que Gustav lhe ligara. No início teve medo de como seria conhecer o meio-irmão, mas afinal esses medos dissiparam-se no momento em que o viu. Ele era das melhores pessoas que conhecera e tudo o que queria era mantê-lo na sua vida. Enquanto tirava o excesso de água do corpo e se enrolava na toalha, Brittany teve o pressentimento de que muitas coisas ainda estavam para acontecer e a vinda de Gustav para a sua vida era apenas a primeira dessas coisas.

..............

Bom dia! Aqui fica mais um capítulo do qual eu espero que gostem :) Agora a Brittany estará de volta a casa, o que quer dizer que o Henry e a mãe dela, a Claire, estarão de volta à história!! Como será que vão correr as coisas e quais serão as coisas que a Brittany sente que estão para acontecer? Espero que gostem do que aí vem!!

Entretanto, é só para vos avisar que o nome do blog mudou (o outro já era desatualizado) mas eu irei continuar a publicar as minhas histórias :) Obrigada a quem tem acompanhado e deixado opiniões, são muito importantes! Fiquem bem e até breve :)

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